Escola de Medicina da Universidade do Minho, Braga, 2 de julho de 2024.– Os parceiros portugueses do projeto TransfireSaúde, 2CA-BRAGA, i3S e Centro de Medicina Digital P5, realizaram um dia de debate e troca de opiniões sobre os temas da Medicina Personalizada e de Precisão (MPP) e do Envelhecimento Ativo e Saudável (EAS).
O workshop está enquadrado na atividade “Integração do Ecossistema Transfronteiriço de Investigação em Saúde”. Os objectivos do projeto são identificar as capacidades de investigação em MPP e EAS na Galiza e no Norte de Portugal, bem como compreender as necessidades dos doentes e dos sistemas de saúde em ambas as regiões em relação à implementação da MPP e ao desenvolvimento de estratégias de EAS. O último objetivo desta parte é a elaboração de um Plano de Ação que favoreça a promoção da investigação colaborativa em MPP e EAS, a implementação de estratégias de MPP e EAS nos sistemas de saúde da Galiza e do Norte de Portugal e a transferência do conhecimento gerado pelos grupos de investigação da Eurorregião para os serviços de saúde e os pacientes.
Além disso, o objetivo central do workshop é contribuir para o desenvolvimento de um plano de ação através de:
- Identificação das necessidades não satisfeitas do sistema de saúde português para facilitar a utilização de MPP em benefício dos seus doentes e para desenvolver estratégias EAS eficazes.
- Apresentação de propostas para responder a estas necessidades, que podem ser incluídas no Plano de Ação MPP/ EAS a ser estabelecido pelo projeto TransfireSaúde.
- Reconhecimento das necessidades que podem ser abordadas nas instituições do Norte de Portugal e no seu ecossistema de I+D+i.
O dia começou com uma sessão de apresentação do projeto aos participantes. Seguiram-se rondas de diálogo em grupos. Para tal, participaram especialistas de diferentes áreas como universidades, centros de investigação, hospitais, associações e empresas relevantes no setor da saúde, para que cada um pudesse contribuir com as suas percepções. Para facilitar o debate, os desafios foram abordados em dois grupos de diálogo:
O grupo da Medicina Personalizada de Precisão (MPP) abordou, por um lado, o “Acesso dos doentes à Medicina Personalizada e de Precisão” e, por outro, a “Formação/alfabetização em Medicina Personalizada e de Precisão”. O grupo, moderado por Nadine Santos, era constituído por:
Anabela Silva, Médica Medicina Geral e Familiar, ULS Braga
Hugo Prazeres, Transferência de Tecnologia, i3S – Instituto de Investigação e Inovação em Saúde
Jorge Hernâni, Médico Investigador, Médico Medicina Geral e Familiar, ULS Braga; Professor Auxiliar Convidado, Escola de Medicina da Universidade do Minho; Investigador, P5
Marta Silva Costa, CEO Karion Therapeutics
Raúl Marques, Médico Investigador, Médico Especialista em Medicina Geral e Familiar, ULS Alto Minho; Diretor Executivo do P5
No grupo do envelhecimento ativo e saudável, foram discutidos os temas “Ensinar a População a Envelhecer de forma Ativa e Saudável” e “Interface Saúde/Cuidados Domiciliários no Envelhecimento Ativo”. O grupo moderado por Maria João Marques é constituído por:
Ana Novo, Gerontóloga, Centro Colibri
- Carlos Portugal, Nutricionista especialista em Nutrição Clínica; Professor Auxiliar, Universidade Lusófona do Porto
Carlos Valério, Médico, Mesário da Santa Casa da Misericórdia de Braga (SCMB), pelouro da Saúde e Relações Exteriores
Cláudia Bulhões, Médica Medicina Geral e Familiar, ULS-Braga
Dânia Miranda, Gerontóloga, Centro Colibri
- Nuno Sousa, Médico Investigador; Professor Catedrático, Escola de Medicina da Universidade do Minho; Presidente do P5; Diretor do 2CA-B; Presidente da AICIB
Henrique Almeida, Médico, Especialista em Ginecologia e Obstetrícia, Hospital CUF Porto; Professor Associado Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP)
O dia terminou com a apresentação das principais conclusões obtidas em cada um dos grupos de diálogo. Estas conclusões serão descritas num documento, para o qual os participantes no workshop serão convidados a validar.
Entre os próximos passos está a elaboração de um Mapa de Procura Antecipada, através da incorporação das contribuições elaboradas tanto na Galiza como em Portugal, com o objetivo de elaborar um documento único de Mapa de Procura Antecipada.